Felicidade Financeira

Numa altura em que tanto se fala de crise financeira, de aumentos em todas os bens de consumo, sobretudo nos mais básicos como a alimentação, da subida das taxas de juro e consequentemente das prestações da habitação, entre outros, será possível falar em Felicidade Financeira?

 

Ser rico não é garantia para a felicidade ou como diz o ditado “o dinheiro não trás felicidade” (mas ajuda, dizem), até porque a felicidade Financeira é diferente de equilíbrio financeiro e depende de pessoa para pessoa.

Enquanto a felicidade financeira está directamente relacionada com os nossos sonhos, objetivos, valores, crenças e prioridades o equilíbrio financeiro é uma fórmula matemática e corresponde ao ajuste entre o que recebemos e o que gastamos. O saldo, positivo ou negativo, define se estamos financeiramente saudáveis ou mais ou menos “doentes”.

Teórica e matematicamente é possível a qualquer um de nós tornar-se milionário e até pode parecer fácil no papel, na app ou no excel. No entanto, são precisos mais do que cálculos financeiros para que isso aconteça. Para se ter equilíbrio financeiro é preciso disciplina financeira, ou seja – Planeamento.

Tal como nas outras, ou em todas, as áreas da nossa vida, as escolhas financeiras que fazemos no presente determinam o nosso futuro.

Se quero ter uma vida saudável mudo o regime alimentar e penso em movimentar o corpo e fazer exercício. Então se quero ter uma vida financeira saudável devo pensar qual a melhor forma de olhar para o dinheiro e de o gerir. Nem sempre este pensamento é fácil de implementar mas é possível com pequenos ajustes. Às vezes na correria do dia a dia nem nos apercebemos onde e como gastamos o dinheiro e é aí que começa o nosso trabalho de gestão financeira. Olhar para o dinheiro que recebemos e pensar como o gastamos. Difícil?

Talvez nos primeiros dias seja complicado e obrigue a pensar, mais do que o habitual, mas com o tempo torna-se um hábito e se olhamos para a balança e sorrimos quando deixamos ir o peso a mais também podemos olhar para a conta bancária e sorrir porque temos mais dinheiro disponível. Digo sempre que mais importante que o poupar é saber gerir e para isso mais importante que o ganhamos é saber como o gastamos.

 

Desde 2013 que trabalho o tema da Educação ou Literacia Financeira. Durante estes anos tenho acompanhado, em grupo ou de forma individual, pessoas de diversos extratos sociais que ganham muito dinheiro, que ganham muito pouco ou têm como rendimento apenas apoios sociais (RSI – rendimento social de inserção).

 

Com todos, sem excepção, é possível trabalhar a gestão do dinheiro de forma que possam ter mais equilíbrio financeiro ou felicidade financeira. Como já referi, há quem seja feliz com pouco e há quem seja infeliz com muito.

 

E para quem chegou até aqui de que forma pensa quando olha para o dinheiro? Tem pensamentos saudáveis e sorri ou pelo contrário fica com um sentimento de infelicidade? Sente que usa o dinheiro ou que o dinheiro o usa a si? Se a resposta for o primeiro caso parabéns porque tem consciência da importância do dinheiro e usa-o de forma saudável. Se pelo contrário fica triste é porque se sente usado pelo dinheiro.

 

Neste que é o primeiro mês do ano, e em que aproveitamos para traçar e definir objectivos, que tal pensar numa forma mais saudável de gerir o seu dinheiro para que daqui a meses ou anos possa ser mais feliz e sorrir quando pensa em dinheiro?

Dulce Forte

Dulce Forte

Fundadora da AESS;
Formadora Certificada em Literacia Financeira;
Mentora em Programas de Educação Financeira

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